Vantagens do azeite extravirgem
O óleo extraído da oliva evita o acúmulo da gordura
visceral, que provoca doenças cardiovasculares e diabete, combate a osteoporose
e inflamações.
barriga grande pode levar ao diabetes do tipo 2,
explica o endocrinologista Márcio Mancini, presidente eleito da Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica, obeso . O diabete, ao lado da pressão alta , do
colesterol, dos triglicérides alterados e, de novo, da tal barriga, é o
componente básico de um mal que mata a síndrome metabólica. O azeite , no entanto, ajuda a quebrar esse
círculo nefasto.
Antes de se estabelecer qualquer relação
do azeite com a barriga antes até mesmo de se ter certeza de que
barriga prejudicaria o coração , cientistas já observavam que os maiores
consumidores do alimento estavam protegidos de males cardíacos. Os povos do
Mediterrâneo, que historicamente regam seus pratos com esse óleo, parecem mais
distantes da ameaça de infarto. Claro, é preciso considerar que também se
esbaldam em verduras, frutas e peixes, outros guardiães dos vasos.
O efeito antibarriga em tese, pode ser obtido com
qualquer tipo de azeite de oliva. Afinal, em matéria de teor de gordura monoinsaturada — à
qual se atribui essa ação — eles praticamente empatam. Já quando se fala em
evitar as placas nas artérias, a bioquímica Luciane Faine, que analisou o
azeite na Universidade Estadual Paulista de Botucatu, no interior de São
Paulo, reforça as vantagens do tipo extravirgem.
É que, no caso do efeito anticolesterol, é importante a
presença de moléculas antioxidantes. “Na produção do extravirgem a pressão
física da oliva, que é feita sem adição de produtos químicos, preserva
esses compostos”, diz ela. Segundo Luciane, os polifenóis do
óleo extravirgem se acumulam no plasma sangüíneo. “Com isso, os radicais
livres que oxidariam o colesterol a ponto de ele estacionar nas paredes dos
vasos ficam praticamente fora de ação”, conclui.
E saiba: todas as células do corpo saem ganhando. Um azeite legítimo
não traz solventes ou substâncias químicas. Como dizem os especialistas, ele é
o suco de azeitona, pura e simplesmente. O que muda é o sabor, a textura, a cor
ou o aroma. “Tudo isso vai depender da variedade do fruto”, diz a nutricionista
e chef Maria Luiza Ctenas, uma expert no assunto.
As análises na etapa Olfato e Paladar são as mais
importantes para identificar as diferenças, características e particularidades
de qualidade de um azeite, refletindo os atributos resultantes e próprios de
aspectos como micro clima da região produtora, variedade da azeitona utilizada,
estado de maturação do fruto quando processado, processamento feito de forma
adequada, etc.
Como degustar
Coloque aproximadamente 20 ml de azeite num copo pequeno
(ou o equivalente a 1/3 aproximadamente do copo). Na sequência, tampe o copo
com uma das mãos e segure por baixo com a outra, durante um pequeno intervalo
de tempo, o que possibilita um leve aquecimento do azeite, devido à
transferência de calor do corpo para o produto, favorecendo a melhor percepção
dos compostos voláteis do azeite, responsáveis por seus aromas
Com movimentos circulares do copo, movimente o azeite
no seu interior destampe o copo e inspire suave e lentamente analisando
as notas aromáticas do azeite, bem como as suas intensidades.
Os compostos voláteis do azeite, responsáveis por seus
aromas característicos, são denominados como aromas “FRUTADOS”, pois estão
associados com notas aromáticas de frutos. Apesar da existência de dezenas de
notas aromáticas que podem caracterizar um azeite, podemos considerar uma
“faixa” de aromas que compreende seis tipos de aromas característicos e de
fácil percepção, como “erva cortada”, banana verde, maçã verde, tomate,
nozes e amêndoas. Nesta etapa, também são observadas as intensidades das notas
aromáticas, que auxiliam a identificar a evolução do azeite.
Exemplo: se é um azeite “jovem”, resultante de azeitonas
colhidas no início da safra, tende a apresentar notas aromáticas mais próximas
de “erva cortada” e banana verde ou mais “maduro”, resultante de azeitonas mais
maduras, com notas aromáticas mais próximas de nozes e amêndoas.
Acidez
Apesar da acidez ser um fator importante na classifi cação
do azeite, não sinaliza se o produto é melhor em sabor, aroma e intensidade.
A “acidez do azeite” está relacionada ao teor de ácidos
graxos livres e não com a percepção sensorial do consumidor de “sabor
ácido” presente em alguns alimentos como, por exemplo, a laranja. A acidez do
azeite não é detectada na degustação do produto.
No processo de obtenção do azeite, produtos com até 0,8% de
acidez são classificados, em termos de parâmetros químicos, preliminarmente como
“Extra Virgem”, sendo que a sua definição final é acompanhada por uma
avaliação organoléptica, denominada prova ou degustação. Esta prova é
realizada por “experts” em azeites, denominados “catadores ou provadores” (na
Espanha e Portugal) ou “assagiatores” (na Itália), que avaliam se o produto não
apresenta nenhum defeito, ou atributo negativo, do ponto de vista
sensorial, como sabor e/ou aroma fermentado, rançoso, metálico, etc.
Para ser considerado “Extra Virgem”, o produto deve ter até 0,8% de
acidez e “zero defeito” organoléptico/sensorial, sendo este o tipo de azeite
que tem melhor preservadas as suas qualidades de aroma e sabor. Entretanto,
não obrigatoriamente, azeites de acidez menor, por exemplo, 0,2% de acidez, são
melhores do que produtos com acidez maior, por exemplo, 0,7%. Esta
informação, acidez até 0,8%, é um indicativo de que, todas as etapas de
processamento (maturação da azeitona, colheita do fruto, limpeza, extração e
embalagem), foram realizadas de forma adequada. Em função disto, é
natural que bons azeites tenham baixa acidez. A acidez não tem qualquer
relação com a intensidade do sabor e características de aroma de um azeite,
sendo possível encontrar azeites com baixa acidez com pouco aroma e sabor e
também azeites com acidez mais alta com sabores e aromas mais marcantes. Afirmar
que um azeite com 0,2% de acidez é melhor do que um azeite com 0,8% de acidez
seria o equivalente a afirmar que um vinho com 13% de graduação alcoólica é
melhor do um vinho com 9%. Pode ser correto ou incorreto. Azeites que
apresentam algum defeito sensorial e/ou com acidez até 2% são denominados
“Azeite Virgem” ou “Virgem Fino”.
Azeites com acidez acima de 2% não são adequados para o
consumo, sendo que estes produtos são submetidos a um processo químico,
denominado “refi no”, o qual reduz a acidez do produto adequando-o ao
consumo. Entretanto, este processo também remove as substâncias aromáticas e de
sabor, bem como os antioxidantes naturais, pigmentos de cor e as
vitaminas do azeite. Nesta fração refi nada do azeite, normalmente, se adiciona
uma pequena quantidade de azeite extra virgem e/ou virgem fi no, para repor
um pouco de sabor, aroma e cor ao produto fi nal. Estes azeites são
denominados comercialmente como “Azeite de Oliva”, “Azeite Tradicional” ou
“Azeite Refi nado” consumidos mais próximos de sua data de fabricação
tendem a ter aromas mais intensos do que quando próximo de seu término de
validade Análise de Paladar (Gustativa)
Tampe novamente o copo e, após um pequeno intervalo de
tempo, aspire uma pequena quantidade de azeite na boca, de forma lenta e
suave, distribuindo o azeite por toda a cavidade bocal. Nesta etapa é
importante também inspirar uma pequena quantidade de ar e manter por um pequeno
intervalo de tempo o azeite na cavidade bucal.
Na sequência, após o produto caminhar pela cavidade
bucal, engula o azeite.
Apesar da avaliação visual do azeite não ser um indicativo
de qualidade, motivo pelo qual os provadores oficiais de azeite utilizem copos
de degustação que mascaram este atributo, a sua análise pode fornecer
orientações relativas a três características: cor, clareza (nível de impurezas)
e densidade.
Então depois dessa matéria não esqueça de incluir o azeite
em sua lista de compra
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