Confira uma
radiografia da obesidade na América Latina
Os Estados Unidos são a
Meca da comida sem qualidade e infelizmente o costume se estendeu por todo o
mundo. OTerra decidiu colocar nome e rosto a um
problema de saúde pública que deveria ser abordado com vontade pelos governos
da América Latina.
Michelle Obama, primeira-dama dos EUA, e o
Garibaldo da série Vila Sésamo, em
fevereiro deste ano, gravaram juntos anúncios com orientações para a melhoria
dos hábitos alimentares das crianças da América. Nos EUA a obesidade infantil é
um grande problema. Infelizmente, a América Latina está em processo de seguir a
mesma desgraça.
Uma pesquisa recente da
Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou uma tendência crescente da obesidade
na região, especialmente nas zonas urbanas, onde a tendência ao consumo de junk
food é maior, em
comparação com os grãos, frutas e verduras.
No
passado, a maioria dos povos indígenas da América Latina mudou a dieta e
padrões de atividades físicas para se adaptarar um modelo de país
industrializado. Agora, a maior parte de sua dieta é focada em alimentos
ricos em gorduras e calorias, e eles vivem uma vida sedentária, fisicamente
inativa. Por causa de tais circunstâncias é que se desenvolvem altas taxas de
obesidade, de resistência à insulina e de diabetes.
A pior parte da situação
pode ser vista entre as crianças. O aumento do sobrepeso e obesidade infantil a
partir dos anos 1990 disparou, e no futuro terá consequências ruins não só no
aumento dos gastos com saúde, como para o desenvolvimento geral das nações.
As crianças gordas de hoje serão os adultos
gordos de amanhã. O Terra reuniu os dados oficiais do problema
na Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, Chile, México, Porto Rico e Peru, e
conversou com famílias obesas nos países onde equipes do Terra estão
presentes para saber sobre a alimentação delas e quantidade de atividades
físicas que praticam.
Agradecemos
aos Buenos Rojas, de Bogotá; aos Cofré Salinas, de Santiago de Chile; aos Vidal
Arredondo, de Lima; aos Castillo Hidalgo, da Cidade do México; aos Ortiz
Castañares, de Madri; aos Aponte Rodríguez, de San Juan; e aos Oliveira de
Araújo, de São Paulo, pela honestidade ao responder às perguntas e
disponibilidade de representar um problema que preocupa toda a região.
ARGENTINA
Segundo um estudo recente do Centro de Estudios sobre Nutrición Infantil (Cesni), 24% das crianças na fase pré-escolar, 37% das crianças na idade escolar e 27% dos adolescentes argentinos têm sobrepeso.
Segundo um estudo recente do Centro de Estudios sobre Nutrición Infantil (Cesni), 24% das crianças na fase pré-escolar, 37% das crianças na idade escolar e 27% dos adolescentes argentinos têm sobrepeso.
A
mesma pesquisa indica que a obesidade afeta 10% das crianças em fase pré-escolar
e dos adolescentes, e 18% das crianças em idade escolar são obesas.
BRASIL
De acordo com um cardiologista responsável pelo programa de Obesidade Zero, do Brasil, Carlos Magnoni, 50% dos brasileiros têm sobrepeso e cerca de 30% são obesos. Segundo o profissional, a enfermidade é mais frequente na região sudeste, com maior urbanização, onde há menor quantidade de atividades físicas e maior ingestão de calorias.
De acordo com um cardiologista responsável pelo programa de Obesidade Zero, do Brasil, Carlos Magnoni, 50% dos brasileiros têm sobrepeso e cerca de 30% são obesos. Segundo o profissional, a enfermidade é mais frequente na região sudeste, com maior urbanização, onde há menor quantidade de atividades físicas e maior ingestão de calorias.
“Se
continuar assim, 100% da população brasileira terá sobrepeso em 2040”, estimou
Magnoni.
COLÔMBIA
Enquanto nos Estados Unidos uma em cada três crianças sofre de sobrepeso ou obesidade e dois milhões delas têm obesidade extrema, na Colômbia uma em cada seis crianças e adolescentes apresenta sobrepeso ou obesidade, de acordo com a Encuesta Nacional de la Situación Nutricional en Colombia (ENSIN) 2010.
Enquanto nos Estados Unidos uma em cada três crianças sofre de sobrepeso ou obesidade e dois milhões delas têm obesidade extrema, na Colômbia uma em cada seis crianças e adolescentes apresenta sobrepeso ou obesidade, de acordo com a Encuesta Nacional de la Situación Nutricional en Colombia (ENSIN) 2010.
CHILE
Do total, 60% da população tem algum grau de sobrepeso. Ou seja, seis em cada 10 adultos têm excesso de peso. Duas em cada 10 crianças do ensino básico são obesas. A cifra é alarmante em nível pediátrico. O Chile é o país líder na obesidade infantil da América Latina e uma das nações que mais consome refrigerante.
Do total, 60% da população tem algum grau de sobrepeso. Ou seja, seis em cada 10 adultos têm excesso de peso. Duas em cada 10 crianças do ensino básico são obesas. A cifra é alarmante em nível pediátrico. O Chile é o país líder na obesidade infantil da América Latina e uma das nações que mais consome refrigerante.
ESPANHA
De acordo com a última pesquisa de saúde feita pelo Ministério de Saúde, Serviços Sociais e Igualdade, a taxa de obesidade infantil (de 2 a 17 anos) se manteve relativamente estável desde 1987. Do total, 27,8 desta população têm obesidade ou sobrepeso. Uma em cada 10 crianças têm obesidade e duas apresentam sobrepeso. A taxa é similar para ambos os sexos.
De acordo com a última pesquisa de saúde feita pelo Ministério de Saúde, Serviços Sociais e Igualdade, a taxa de obesidade infantil (de 2 a 17 anos) se manteve relativamente estável desde 1987. Do total, 27,8 desta população têm obesidade ou sobrepeso. Uma em cada 10 crianças têm obesidade e duas apresentam sobrepeso. A taxa é similar para ambos os sexos.
ESTADOS UNIDOS
De uma taxa de 6,5% de
obesidade infantil em 1990 a cerca de 20% em 2012. As estatísticas são
sangrentas, já que indicam um número três vezes maior de crianças afetadas. A
maior taxa de obesidade pode ser vista entre as crianças afro-americanas e
espanholas que estão entre as brancas.
MÉXICO
É o país com o grau mais alto de obesidade infantil da região. Estima-se que 20% das crianças são obesas. A obesidade aumentou em ritmo alarmante, segundo a Organização Mundial da Saúde. As projeções para 2020 apontam que seis dos países com mais casos de obesidade no mundo serão da América Latina: Venezuela, Guatemala, Uruguai, Costa Rica, República Dominicana e México.
É o país com o grau mais alto de obesidade infantil da região. Estima-se que 20% das crianças são obesas. A obesidade aumentou em ritmo alarmante, segundo a Organização Mundial da Saúde. As projeções para 2020 apontam que seis dos países com mais casos de obesidade no mundo serão da América Latina: Venezuela, Guatemala, Uruguai, Costa Rica, República Dominicana e México.
PERÚ
O índice de obesidade infantil atinge 23% das crianças em idade escolar. Segundo dados da Conferência Internacional de Nutrição e Obesidade do Ministério da Saúde, das crianças entre 6 e 9 anos em Lima existe sobrepeso em 25% e obesidade em 28% delas.
O índice de obesidade infantil atinge 23% das crianças em idade escolar. Segundo dados da Conferência Internacional de Nutrição e Obesidade do Ministério da Saúde, das crianças entre 6 e 9 anos em Lima existe sobrepeso em 25% e obesidade em 28% delas.
Fonte: Terra
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